Como a aquisição do Twitter por Elon Musk pode influenciar na forma com que você faz publicidade.
Foi anunciada oficialmente no dia 25 de abril de 2022 a compra do Twitter por Elon Musk por nada mais nada menos do que 43 bilhões de dólares.
Fundado em 2006, na Califórnia, Estados Unidos, o Twitter foi criado com o intuito de ser um microblog de textos curtos (até 140 caracteres), onde seus usuários poderiam expressar e encontrar mensagens rápidas de amigos e personalidades.
Elon Musk vê um grande potencial nas disfunções do Twitter e sua ampla utilização pelos diversos setores da sociedade civil — desde líderes globais até influencers digitais.
Homem mais rico do mundo, segundo ranking da Forbes, e fundador da empresa de tecnologia aeroespacial SpaceX e proprietário da fabricante de veículos elétricos Tesla, o famoso bilionário nascido na África do Sul e novo dono do Twitter, é um dos nomes mais midiáticos entre os empresários da economia das novas tecnologias e tem defendido uma série de mudanças na plataforma.
Entre as alterações esperadas no Twitter sob o comando de Musk estão mudanças na forma de moderação de conteúdo; avanço da monetização — como é a chamada a geração de receitas a partir de publicações e o impulsionamento de conteúdo mediante pagamento; restrições à bots (perfis automatizados); avanço da verificação de perfis; além de maior transparência ao algoritmo da plataforma, a tecnologia usada para personalizar o conteúdo exibido para cada usuário.
Neste artigo vamos te explicar como essas mudanças irão influenciar a forma como se faz publicidade na internet. Confira!
- Moderação de conteúdo
A aquisição do Twitter por Musk gera grande expectativa de que ele possa afrouxar os mecanismos de moderação de conteúdo pela plataforma. Isso pode dar espaço à proliferação de discursos de ódio e a conteúdo extremista hoje barrado pelas regras da rede social.
Tal mudança pode afastar usuários desta rede, o que pode representar um freio no avanço dos investimentos das marcas em ações na plataforma. Assim, intensificando os movimentos destas marcas nas outras redes, visto que ocorrerá uma migração deste público para novos ambientes digitais.
- Maior monetização
Uma segunda mudança esperada sob Musk é uma maior monetização dos conteúdos, por exemplo, com impulso maior de publicações mediante pagamento.
Diante do entusiasmo do bilionário sul-africano por criptomoedas, esse é um forte indício do estímulo que está por vir.
Dessa forma fica claro o interesse no crescimento da publicidade na rede, concentrando o investimento em impulsionamentos pagos, com grandes chances de estímulos para pagamentos, transações e divulgações baseadas no mundo crypto.
- Abertura do algoritmo
Outro ponto relevante nessa campanha de Musk para revolucionar o Twitter é melhorar a usabilidade da plataforma. Isso devido ao fato de os usuários de redes sociais frequentemente reclamam dos algoritmos que controlam suas vidas.
E é por isso que Musk quer abrir o algoritmo para os usuários, tornando-o um código aberto, ou seja, todo o mundo vai poder entender como o Twitter seleciona as mensagens e os conteúdos que aparecem na tela.
Enquanto essa mudança gerará maior clareza de como as coisas funcionam, também poderão haver pessoas que usarão essas informações para burlar o próprio algoritmo.
Mas o principal ponto dessa mudança não está necessariamente dentro do Twitter, mas sim, na pressão que será gerada em cima das demais redes, que guardam seus algoritmos trancados a 7 chaves sob a afirmação de segredo industrial.
Com esse movimento do Twitter, a tendência que se espera é uma pressão por parte dos usuários para que as outras redes revelam como funcionam os algoritmos, assim fazendo com que a forma como os anúncios são feitos e impulsionados seja melhor entendido por parte das marcas, que, moldarão seus conteúdos de maneira mais eficaz.
- Batalha contra os bots e avanço da verificação
Uma outra bandeira de Musk ao comprar o Twitter é reduzir a atuação na plataforma de perfis automatizados, conhecidos como bots.
Apesar de representar uma mudança excelente no combate às fake news, a forma como esses bots serão combatidos podem representar um tiro no pé da plataforma, pois nem todos os bots são ruins.
Existem bots que são utilizados de maneira super positiva, para impulsionar informações que de outra forma ficariam restritas a um grupo muito pequeno de pessoas.
Aqui o desafio será justamente para bots que auxiliam empresas em pesquisas de mercado ou atendimento ao cliente. No entanto, teremos que aguardar as cenas dos próximos capítulos para entender melhor como se dará esta adaptação.
Apesar de recente, a compra do Twitter por Elon Musk promete redefinir como muitas coisas acontecem e acontecerão na internet. Está mais claro do que nunca que a novela do Elon Musk no Twitter e sua batalha pela “liberdade de expressão” acabou de começar. Com certeza teremos capítulos muito intensos pela frente.